Caso Cirúrgico: Lobectomia Pulmonar Minimamente Invasiva no Tratamento das Bronquiectasias

Casos Cirúrgicos

ICATOR Florianópolis apresenta um caso de baixa complexidade conduzido por videotoracoscopia, com atuação dos cirurgiões Felipe Britto e Maurício Pimentel.

 

1. Introdução ao Caso

Foi realizada uma lobectomia pulmonar por videotoracoscopia uniportal(U-VATS) para tratar bronquiectasias localizadas em um dos lobos pulmonares.

O caso, apesar da alta complexidade, permitiu a condução do tratamento por via minimamente invasiva.

A paciente apresentava sintomas e repercussões clínicas que tornavam a intervenção cirúrgica a melhor alternativa terapêutica.

2. O que são Bronquiectasias?

Doença estrutural pulmonar caracterizada pela dilatação permanente dos brônquios.

Geralmente ocorre após:

  • Infecções pulmonares prévias (especialmente tuberculose em nosso meio).
  • Pneumonia grave ou necrotizante.

Doenças congênitas ou estruturais, como:

  • Discinesia ciliar primária.
  • Fibrose cística.

Pode gerar sintomas frequentes, incluindo:

  • Infecções respiratórias de repetição.
  • Tosse crônica produtiva.
  • Hemoptise (tosse com sangue), que muitas vezes indica necessidade de intervenção cirúrgica.

3. Indicação do Tratamento Cirúrgico

O tratamento cirúrgico é indicado quando:

  • Há infecções recorrentes que não melhoram com manejo clínico.
  • Ocorrência de hemoptise persistente.
  • Comprometimento funcional de um segmento pulmonar específico.

A cirurgia é um dos pilares do tratamento, sempre integrada ao acompanhamento:

  • Clínico com pneumologista, garantindo controle da infecção.
  • Fisioterapêutico, para otimizar a função respiratória antes e depois da operação.

4. Por que a Cirurgia Pode Ser Mais Complexa?

Em geral as bronquiectasias podem gerar desafios técnicos devido a:

  • Inflamações repetidas ao longo dos anos.
  • Aderências entre o pulmão e a parede torácica.
  • Presença de tecido endurecido ou mais friável.

Esses fatores costumam tornar o ato cirúrgico mais delicado. Contudo, a experiência da equipe e o preparo adequado da paciente favoreceram um procedimento seguro e controlado.

5. A Técnica Minimamente Invasiva (Videotoracoscopia – VATS)

Realizada por pequenas incisões no tórax. Neste caso em especifico foi utlizada a técnica uniportal, onde por uma única mini incisão a cirurgia é realizada.

Utiliza câmera de alta definição e instrumentos delicados, permitindo:

  • Maior precisão na dissecção dos tecidos.
  • Menor sangramento.
  • Menor dor pós-operatória.
  • Estética mais favorável para o paciente.

A técnica minimamente invasiva proporciona:

  • Recuperação mais rápida.
  • Retorno precoce às atividades.
  • Internação reduzida, quando comparada à cirurgia aberta convencional.

6. Evolução Pós-operatória da Paciente

A paciente despertou bem, estável e sem intercorrências.

Como rotina da lobectomia, foi deixado um dreno torácico, que geralmente permanece:

  • Entre 48 e 72 horas, dependendo da evolução individual.

O tempo médio de internação nesses casos gira em torno de:

  • 3 a 4 dias.

A equipe reforça a importância do acompanhamento fisioterapêutico para otimizar a expansão pulmonar e prevenir complicações.

7. Conclusão

A ICATOR Florianópolis reforça seu compromisso com práticas cirúrgicas modernas e seguras.
A realização de uma lobectomia pulmonar minimamente invasiva em caso de bronquiectasia localizada demonstra o avanço contínuo na abordagem de doenças torácicas e a importância da integração entre tecnologia, experiência cirúrgica e cuidado multidisciplinar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *